18 de setembro de 2008

MARIA DA LUA CISMADA




[ou uma mulher cheia de cacarecos]

Que defende teses sobre sexo, amor, ódio, paixão e outras
parafernálias. Anda pela Ilha numa saia de chita ostentando um
sorriso muito branco. Diz que o melhor do dia é caçar um meio do caminho.Tem
sete pontes pelo coração. Todas com nome.
Maria é mesmo lua cismada. Tem uma têmpera machadiana que não
entende nada sobre olhar incolor. Foi batizada com um redemoinho bem no
alto da cabeça e ama do mesmo tamanho o tudo e o nada.
Gosta de contar que o centro da sua cabeça é um enigma, coisa assim, sem
explicação. Que mandou benzer, lua e meia, sete noites, pra quando o
passado a invocar, ela poder colidir sem medo das núpcias.


Ê Maria!

Valéria Freitas

O blog da Valéria está linkado aí ao lado, ou no:


http://curvasconcretosquadris.blogspot.com/

2 comentários:

jorge vicente disse...

um texto fantástico, amigo.

um grande abraço
jorge

Anônimo disse...

Ai que delicia encontrar a Val aqui!!! Há muito perdi o link dela!
Linda escolha, queridão.
Tou aguardando o livro. Me avisa, viu?
Beijoconas