7 de novembro de 2008

CRÔNICA

crônica cronatizo
acordo dez pras seis da manhã
quatro aulas no colégio particular
e 19 no supletivo
a loucura é minha mãe primeira
arremesso nuvens sistematizo profecias
além algo me espera minha surpresa espanto
o lixo é lugar de poesia, é pra lá que olho
não me diga abobrinhas que prefiro abóboras selvagens
(smashing pumpkins)
meu berço é arte e cultura meu signo é libra
historisoziso sozinho minha praia de cachimbos aromáticos
cheios de duendes, dijins, salamandras,
sou um bruxo e isso vocês não me tiram
o meu gato preto chama Sócrates
bebo onde quero e devo beber minha alma é chuva
de estrelas que além muito além é perceptível
para aqueles que olham além(olho de lince)
massacro páginas reviro estandes não durmo
como o cu do verbo sempre porque lá o sexo é palpitar
de prazer eterno
falência fali firma e jornal em Valparaíso de Goiás
minha história é salto de saci que o diário local surpreende
viva minha província e suas idiossincrasias
há um naco de frango nos meus dentes
e meu anjo toca uma gaita cercado por um cisne
enquanto meu saldo no banco é 0,50
reflexo me deparo com um haicai pulsando no cérebro:

o saldo do homem
são centavos
de mazelas.

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