29 de outubro de 2009

No vagão do iluminismo



Vamos brindar as estrelas
brincar com nuvens
juntar os pincéis
pintar os anéis de Saturno
deixar o fogo
no ponto de ebulição
facto fato
fratura exposta
o trem anda Uai
ou Why don't you stop
the train?
Os trilhos fazem luz
no final do túnel:
John Locke, Voltaire, Montesquieu,
Diderot, D'lambert, Rosseau, Quesnay
e Adam Smith.

Temos alguma razão?

28 de outubro de 2009

filosofia tirando o tapete



a philosophia não serve pra
nada não
só serve pra nos tirar o chão

poema e foto por : Isaias de Faria
O blog do Isaias está linkado aí ao lado,

Foto de Isaias de Faria

27 de outubro de 2009

NEIL YOUNG

Chama
Xamã
Chama!
AULA

aprendiz de sensei
não sei
a lição

bombástico

cor AÇÃO
COR ação
COR AÇÃO
COR ação
cor AÇÃO

26 de outubro de 2009

contornos poéticos

T
I
R
O
T
I
R
O
T
I
R
O
T
I
R
O
T I R O T E I O
T I R O
T I R O T E I O
T I R O
CLIQUE
um
i
no infinito
samba
ri
bamba do
si
no dó ré lá
tatua
chuva
no som
do além
gotas
de verde
foto
grafando
vida

24 de outubro de 2009

FOLHAS

Foto: Maeles Geisler


Sei da luz. A conheço bem. Ela vive a espera dos homens, calada.

Maeles Geisler.

O blog da Maeles tá linkado aí ao lado, ou no:

http://www.terradegabriel.blogspot.com/

23 de outubro de 2009

Estilhaço


Pedalo Sartre
Lendo Leminski
Nos aros de Nietzsche

Destino


pedalo reticências
na curva
do imprevisto

MAIÊUTICA

http://www.osvigaristas.com.br/imagens/bicicleta-rotatoria-4814.jpg

pedalo Sócrates
parindo novas idéias
no parto diário da poesia

22 de outubro de 2009

TRILHA




Endereço da Imagem: http://www.osvigaristas.com.br/imagens/bicicleta-adaptada-3620.jpg

Risco no tempo
Pedal que aprende
Liberdade em duas rodas



22/10/2009.

POESIS PEDAL

Retirado de http://hypescience.com/bicicleta-de-madeira/ em 19/05/09
Pedalo nuvens
na poesia
e sonho estrada


22/10/2009.


CONTEXTO

Onde vai parar o texto?
Se durmo poesia e amanheço prosa?

ZIRIGUIDUM LETRAL

O ão
da palavra
lavra
dizer todas as bocas
sem parar a faísca
trem do uai
na quentura do acarajé
sentar e conversar
do leite quente ao
leiti quenti
multiplicidade na diversidade cultural
o regional na ótica do todo
misturar letras contornar orações
no liquidificador do neologismo
parimos o hipertexto
na detonação de Robson
explodindo Maicknuclear
chuva no horário de verão
ameniza o calor
na percurssão do trovão

CONSELHO DE CLASSE AGAIN

Separar a malandragem
dos que estudam.
O som da chuva, um toró lavando
a falta de educação.
Geografia, Física, Química, Filosofia,
Sociologia, História, Português, Biologia,
Matemática.
Do zero do sistema falido além da falta de
valorização do professor.
É tanto vermelho que o diário parece
a bandeira da França.

20 de outubro de 2009


Foto: Isaias de Faria
árvore sem vento
vem homem
e vai o tempo

EFÊMERO

Até a uva passa

ÊXTASE

P P
O O
E E
S S
I I
A A








poesia
P
O
E
SIA
A
POESIA POESIA
PO
E
SIA

CONECT

Sim!
Blutufo Foucault
No clique diário
Cogito, ergo sum
Insisto na Existência
O tiro na boca da mosca de Sartre
O panótico tentando controlar
No control
Apertem os cintos a crase sumiu
O quê?
_Você acha que isso é poema?
Poe e seu gato preto me diz que
o padrinho Baudelaire me espera às 21:15
na esquina de onde saem aliterações quentinhas
_Você acha que isso é poesia?
Rimbaud saúda um cachorro azul de Rodrigo de Souza
Leão na estrela materna do incêndio da verve
Ah, tá! Botem os botões de sobre aviso
Pregem suas dilatantes sete manias que
os japonês dizem que temos
_Você acha que o erro é ERro?
Sim! Batem as bocas bacantes os
versos imprecisos que sabatinam
a visão além do alcance
Blootoph? Se blootoph aí mermão!
Vou fazer um Twitter
O soneto virou chipe.

VIDA DE POETA

LowCURA santa
na Picada:
verSo

RETICÊNCIAS...

p da palavra
no pó
do poema

19 de outubro de 2009

PLEONÁSTICO.

Um contexto
no texto
a língua pátria
pare
um golpe no intertexto
as horas devoram tempo
orar orações nada subordinadas
riscar os cacos de vidro
e chamar os cães azuis no uivo
do subentendido.

Não entendo as reticências
Já que sou exclamação.

18 de outubro de 2009

SEGREDINHOS DE AMOR

Projeto

Tenho que ter fé,
cama, cerveja gelada
e pó de café.

Orgasmo

Corpos e palor,
há pânico no jardim
dos olhos em flor.

Íntimos demais

Metendo o bedelho,
ao sabonete pregunto
de quem é o pentelho.

Do mar

Nos olhos o mar,
são lágrimas de alegria
às ondas de amar...

O rito ritmo

Se liga no rito:
se gritar;eu fico quieto...
se me gemer; eu grito!

Do foco

Um lance me intriga,
se o fetiche está nos olhos,
ou na cinta-liga.

Mau gosto 1

o mau gosto é duro:
camisa de propaganda,
cueca com furo.

Agá

O cara é o que há,
tem elã e aquilo lã,
mas na hora agá...

Novos ares

Mau hálito, pô!
Eu quero beijo na boca,
mas sem o cocô!

Iceberg

Um gelo no caso:
Julieta no chuveiro
e Romeu no vaso.

Maratona

Precisa de assunto,
depois do que nós gememos
ao chegarmos juntos?

Campeonato 1

Final preconiza:
duas tradições em campo
suando a camisa.

Campenato 2

Os times do amor:
os corpos são do prazer;
as almas , da dor.

Um, dois...

Pois vejam vocês:
é viver a dois, num mês,
solidão a três...

Ilusionismo

Amor é ilusão,
mas continua me tendo,
mantendo o tesão.

Línguas

Português à míngua...
Se for preciso, na cama,
arranhando outra língua.

"Suicídio"

Ai!, arrependi-me!
eu morri sozinho, sem
cúmplice no crime...

Do fogo

Meu fogo não falha:
depois do sinistro, vai
tirar uma palha...

Evoé!

Toda porra é pouca:
metendo lá na garganta
um beijo na boca.

Mau gosto 2

O mau gosto elege
a camisola velha
com a calcinha bege

Henrique Pimenta

Mais poemas do Henrique nos posts abaixo:

AO SENHOR KRISHNA

Preservo-me inocente ao que me bate.
Nas regras de conduta, na defesa,
esquivo-me do fogo; do combate
não, nunca. Minha tática de presa


é muito mais que ataque em full contact,
destaque à mansidão pela leveza,
num truque de energia a megawatt,
num cala-te a matraca à luz acesa.


Tensão para que o vate que é soldado
vislumbre pelas prímulas que explodem
o flanco desprovido do que é vasto...


nefasto. De penetra, nesse estado,
encontros os inimigos... Não me podem!
Se fossem inocentes... Não! Devasto!

Henrique Pimenta

O blog de Henrique está aí ao lado, ou no:

http://dobardo.blogspot.com

Mais um poema aí embaixo do Henrique.
Do seu outro blog Poivre

JUREMA

A língua ao cogumelo, na viagem
Devassa que devasta a lassidão,
Alastra lisergia e sacanagem,
Aos astros rejubila de montão.

Espíritos consomem a paisagem,
Assomam-se aos incêndios que lhes dão
Sabores ancestrais, e é com voragem
A língua na Jurema do Matão.

Tambores glorificam até tontos,
Os cantos glorificam-na, quentinha,
A santa pombagira, que estão prontos

Os trópicos prazeres a quem tinha:
Na fé, o seu ofício pelos pontos
E a língua no clitóris da santinha.

Henrique Pimenta

O blog Proive de Henrique está linkado aí ao lado, ou no:

http://hpoivre.blogspot.com/

16 de outubro de 2009

AMOR

Foto de Isaias de Faria

O pau do poeta balbucia:

Amor Apolíneo

E encontro marcado

IMORTALIDADE

Peguei a monark da sogra
pedalei até o bairro Testo Hagen
casas em enxaimel
POMERODE é a Alemanha
risquei proemas no Vale Verde
Blumenau Oktoberfest: chopp
SEB:derrame de poesia
Maeles penetra meu coração
no ímpeto das palavras
abrir a caverna de Platão
um verso no latão da rodoviária de Curitiba
Tio Leminski no ITAÚ CULUTURAL DE SAMPA
SAMPLEIO PARAFRASES MERGULHO aliterações
no Serrado a bomba explodirá com Robson e Nuclear
O contexto canto
e o texto me mata
quando conto minha passagem
na imortalidade das exclamações
Dionísio me abraça no átimo

15 de outubro de 2009

CAMINHOS DA VIDA

Foto Ricardo Lima


Homem Brinquedo
Que se movimenta de forma programada.
Age com estímulos capitalistas
para se acabar na chegada

Ricardo Lima

O blog do Ricardo Lima está linkado aí ao lado,

13 de outubro de 2009

FAÍSCA

Foto de Isaias de Faria

olhos de lince

aperte o cão

no gatilho da faísca



Cássio Amaral.

EX/PORTADOS

Mesmo que Kant cante
toda canção compõe mar
ou rima com gaivotas
num Tom
de Bossa Nova
Diz a Alemanhã do Brasil
Sim, alguns Chopps
e risadas muito além da
Crítica da Razão pura

Não, não, não sei o que significa
Meu estado é MINAS GERAIS
E aqui as Confeitarias são especializadas
É german Germânicos quando a gema da ovo
de Colombo despenca dos neguinhos ou negões
na terra de Pomerode via Blumenau via
Barra Velha via o brasileirismo todo que temos
Sim, invadimos a sua praia além dos morros mineiros
Enquanto ainda me perco nesse notebook que não sei onde
é o til o meu tio sempre disse pra eu ler Goethe, mas só li
Nietzsche. Tá bom não tô nem aí pra Academia
tudo está espalhado no nosso quarto, os incensos na cabeceira
da cama. Ana Carolina cantando em N9ove.
Tranco-me em curvilíneas manhãs sentindo o cheiro bom
Cheiro da natureza se manifestando como trovas À la carte
de um sonho poeta.
Prometo -me a entrega total do meu ser a ti Pomerode
Crio notas sem valores para musicalizar.
Traduzo a inspira/cão dos belos olhares sem maldade
que procuram a diferenca fatídica de dois seres im/mundos
que se alimentam de feijão quase negro.
Um Ser Cão que viajou milhas sentidas para libertar
a Bela Criatura e ser libertado.
Um Comparsa destruído que sonha para se recompor dos
sonhos.
nos quedamos sentindo a liberdade
zumbidos
zumbis
zumbo
zombas

Mal sabemos o ponto para digitar, mas sabemos
bem o ponto de parada além do ponto final.

Cássio Amaral e Ricardo Lima

O amigo Ricardo Lima está na blogsfera,
o seu endereço é:

http://poetavento.blogspot.com/

BIPOLAR

polaroide
fotografa
Pomerode

Cássio Amaral e Ricardo Lima

araxá mg - pomerode sc

I
rodinhas dizem
roldanas
da viagem


II

ribeião
passagem
além do AÕ

III

RODOVIÁRIA

espera
te
tempera?

IV

EMBARQUE

passagem
de vida
na real ou na miragem?

V

TARIFA

entre
na ponta
do tributo do embarque

VI

três CHOPPS
espera
Haicais

VII

ninguém conversa
todos esperam
o fone diz som.

VIII

FILA DE EMBARQUE

toda plataforma
chama estrada
noutro destino.

IX

olga savary nas pernas
pessoas embarcam
noutro destino.

X

de pré
visão
a estrada gira

XI

todo
embarque
é sozinho

XII

RODO
RODA
VIA
RODO
VIVA

XIII

passos passos
compassos
de embarque

9 de outubro de 2009

Desenho de Robson Corrêa de Araújo (O filósofo quer pegar a mosca)

DOIS PONTOS

de Leminski
a Rodrigo de Souza Leão
a poesia é explosão

8 de outubro de 2009

TACADA 5: MORDENDO A LÍNGUA


Desrespeito seria olhar-te sem malícia. Sem me
imaginar flanando em seu ventre de algodão.
Agasalhando em tua lã de cor não lembrável. Ou
punhetando o dedo em tua boca mística enquanto
enrabo tua consciência de literata.
Don't me fucking dow, bitch. Há cinco gramas de
enfermidade entre meu espírito (de lhe querer) e tua
carne (esquentando a minha) que correspondem toda a
explosão do atrito. E sem atrito, sem fogo. Só o frio
das quatro e meia, teus cigarros cansativos e
minhas velhas veleidades nada sóbrias.
MaicknucleaR
Do livro Meu Doce Valium Starlight
DULCINÉIA CATADORA 2007
O blog do MaicknucleaR está lindo aí ao lado, ou no:

7 de outubro de 2009

SILÊNCIO

pátria da amplidão
percepção zen
templo de paz
KAGEMUSHA

batalha no país do sol nascente
no Cannes de Ouro:
Kurosawa

6 de outubro de 2009

Desenho de Robson Corrêa de Araújo (Eis o que resta de Dogville)

Dogville

é xará

de Araxá?

DIVERSÃO

escrevo e creio
a emoção é fagulha
no meu recreio

BOCEJO

o sono
é o dono
do cansaço

5 de outubro de 2009

SOPRO DA PÓS MEIA NOITE

Sim!
leio Nietzsche na Escola.
Vou le-lo na rua, em praça pública.
Sim!
Sócrates me acenou com a mão.
(Só sei que nada sei)
Descartes me aparece no sonho:l
E o Cogito Ergo Sum na fronte
no paralelo do Zen
Com a passagem do Japão,
o sol nascente da minha alma.
Sim!
Vou ler Nietzsche na praça.
As pombas farão uma roda de debates
Isso tudo acontecendo...
Quem sabe chamo Zé Geraldo
para a leitura.
Quem sabe chamo Geraldo Vandré.
Quem sabe chamo Raul Seixas.
Sim a poesia é uma filosofia
que pare nuvens todos os dias
Sim, amigos
Vou chamar também Walter Franco:
"Tudo é uma questão de manter:
a mente quieta, a espinha ereta
e o coração tranqüilo"

DESCOBRINDO

AAAAA

AAAAAA


AAAAAAAAAAAAAAAAA



AAAA

DDDDD

VVVVVVVVVVV

23:53

jjjjjj

ALGUÉM FOTOGRAFA MEUS DIÁRIOS?

Quadrados mágicos
consomem tempo,
nota zero pra EDUCAÇÃO do Brasil
$im $IM $im $ei o trem é meio que
maquiado $ei $im vamos elaborar
as provas substitutivas
Meus dentes já manchados de café
pedem mais café
Mágicos Quadrados!
Onde a guitarra de Jimi Hendrix
não alcança a nota da falta de interesse
de alunos que viraram capitães ganchos
do descaso da leitura,
da vontade do conhecimento.
O livro que o Robson Corrêa de Araújo
me deu Les Essais de Montaigne na
estante me olha.
E continuo preenchendo os diários.
O ENEM virou Anão? Ou não?
Qual Pizza posso pedir?

4 de outubro de 2009

(Uma das fotos que fiz do meu celular.O reflexo da minha sombra no meu quarto )

CAVALGADA LUNAR

cavalos alados
noites vulcânicas
conteúdo da alma
tão imensa
como a lua cheia
de manha
caros e claros
sentimentos
arrebatados de
chicotes que esquartejam
o ser
28/08/2003.

POESIA: vaga e pueril definição

transcendência
entre a dureza
e a sutileza

Axioma de poesia

Trepada na meditação diária
$em $ifrão
não há
$olução

3 de outubro de 2009

EXTRA TERRENOS

Desenho de Robson Corrêa de Araújo (Veja se isso é o padrão imposto)


I

a sorte em marte
é poesia
em toda parte.

II

vou para marte
lá serei um ET
e a poesia estará em toda parte.

Cássio Amaral.


Desenho de Robson Corrêa de Araújo (Se rolar, eles pegam)
III
acho legal
tudo que é
anormal
ver além
OVNIS adbusem significados
IV
além dos olhos
discos voadores
telepatia no universo: Poesia.
Cássio Amaral.
Desenho de Robson Corrêa de Araújo (Estiquem suas teorias no universo)

V
O blues de Captain Beefheart
é sangue
nas esferas interplanetárias

VI

massacre de estrelas
refletem o poeta
na cratera lunar

VII

a nave mãe chama
o vôo dirige
aliterações certeiras.

Cássio Amaral.

2 de outubro de 2009

TODOS OS CACHORROS SÃO AZUIS.




Tudo ficou Van Gogh
"Engoli um chip ontem. Danei-me a falar sobre o sistema
que me cerca. Havia um eletrodo em minha testa, não
sei se engoli o eletrodo também junto com o chip. Os
cavalos estavam galopando. Menos o cavalo-marinho que
nadava no aquário.
Ele tem um problema mental. Será que tem alguma
seqüela? No fundo desse meu mundo, lá no quarto escu-
recido por doses de Litrisan, veio psiquiatra e baio-
netou uma química na minha celha esquerda. Enquanto
outro puxava a minha banha, eticando e esticando para
que não sentisse a injeção de Benzentacil.
Benzenta.
Benzenta.
Uma dor imensa na bunda. Tudo girando ao meu re-
dor e eu girando também. Tiro uma meleca e coloco na
mesa do canto, bem longe da escuridão do quarto. A es-
curidão é asséptica. Só o pessoal de branco pode freqüen-
tar aquela linha impura. Seguram-me de novo. Recebo
o beijo de minha mãe. Deve ser dia de visita. Acordo e
como uma lasca de goiabada com o sanduíche de atum
que mamãe trouxe pra mim. Escuto uma música tão alta
que não encontro nos meus pensamentos e estou fora, agora
a cocaína não vai chegar. A conexão foi interrompida.
Mamãe mal chega, mal vai.
Ele continua achando que engoli um chipe.
..........................................................
Onde estou todos os cachorros são azuis. Deram-
me um terceiro óculos, terceiro olho. Terceira orelha. Um
terceiro braço. Terceira perna. Uma terceira mão. Tudo
três. Depois, mais dois pênis. Mais dois narizes. Mais um
pé. Mais dois estômagos. Minha terceira vida.
Um terço para rezar.
Tive que me acostumar à nova vida e o pior: ainda
não virei um monstro por isso.
Ainda sou o garoto do cachorro azul. Um azul enor-
me refletido agora no olho do garoto que achou no lixo
o meu cachorro azul."
RODRIGO DE SOUZA LEÃO.
Digão passou pro mundo espiritual. Hoje fazem quatro meses
sem ele, há em mim uma saudade que é algo indescritível.
A medida que digito esses trechos de seu livro não aguento
e choro. Hoje de manhã fiz o culto de elevação espiritual aos
ancestrais pra ele no JOHREI CENTER.
Silvana Guimarães, José Aloise Bahia, eu e muitos que o amavam
e o amam torcemos que o seu livro Todos os cachorros são azuis
ganhe o prêmio TELECON PORTUGAL, ou fique entre os dez.
O livro já foi classificado entre os 50.
DIGÃO MANO VÉIO TE AMO DE ONDE VOCÊ ESTIVER NAS OUTRAS
ESFERAS.
BRAÇOS E FORÇA SEMPRE

1 de outubro de 2009

a menina e a bola


a menina segura a bola com mãos cuidadosas
o olhar distante/
tem o tempo vertido na expressão e
o vestidinho florido estampado/
a luz nos cabelos/
a mágica idade/
a pouca certeza que a salva.
Foto e poema de Isaias de Faria
O blog do Isaias está linkado aí ao lado, ou no: