31 de janeiro de 2013

A palavra é "O ESCAMBAU"


É necessário quebrar as correntes e sair da caverna para ver a luz como
disse Platão. É claro que este indivíduo  sempre será considerado louco
pelos demais. É assim que o poeta vai quebrando suas correntes para ver
a luz das palavras, onde faz seu ofício de desconstrução diante do seu próprio
contexto. Heleno Álvares não foge à regra. Em seu livro O ESCAMBAU
tece uma fina ironia nas perguntas sobre a vida e a morte. É claro que
"A linguagem é o escambau/de tudo que é vero/preso encontrei a liberdade/
nessa contraditória verdade/e nesse labirinto que vivo/LABIRINTO LITERÁRIO/
a palavra pede bis/ onde me livro e me motivo" É esse labirinto de
Heleno Álvares que as interrogações começam a ficar mais filosóficas,
os versos ganham uma potência de vida, potência de humor, de Nonsense.
É o poeta pegando o novelo da criação para fugir de um Minotauro, reto,
acabado. Um Minotauro que é crítico, pois participa de alguma Academia
de Letras. Aqui Heleno quer escandalizar a palavra, ou melhor escambauliza-
la onde a forma e conteúdo demonstram sua maturidade poética.
Há partes no livro de erotização, onde o poeta brinca e transa com a linguagem
de forma bem humorada.
O livro é dividido em duas partes:
A Existência Escambaulizada e Poética d'O Escambau. A primeira
Heleno faz várias referências e links com os mestres da música, a loucura,
e seus versos têm uma pegada mais filosófica. Na segunda parte do livro
há bons haikais e poemas onde o poeta satiriza a vida e a morte, faz
homenagens a seu pai e amigos.
A fortuna Crítica do livro e a capa é de Edilson Rodrigues Palhares,
Professor de História da Arte. O comentário é de Marcel Alez,
poeta, compositor e músico e Arte da foto do autor é de Cynthia
Verçosa.
Vale a pena ler e conferir este O ESCAMBAU de Heleno Álvares.
Podem conferir uma entrevista histórica de Heleno com o escritor
Campos de Carvalho que saiu na Revista Agulha e maiores
informações sobre o livro O ESCAMBAU no blog:

http://poesiaeoescambau.blogspot.com.br/

Facebook de Heleno Álvares:

http://www.facebook.com/heleno.alvares1?ref=ts&fref=ts

Um comentário:

Ricardo Mainieri disse...

A linguagem é nosso material de construção. Tijolo e cimento com que edificamos nossas mal traçadas linhas.
Alinho-me às proposições do poeta, sua busca metalinguística, sua ironia.
Precisamos resgatar o lúcido, mas também o lúdico em poesia.
Um basta à poesia engravatada que vai virar livro e se carcomir em poeira e ácaros em algum lugar mal iluminado de Biblioteca Municipal.