29 de outubro de 2013

71 Ferro & Brasa

Quando a desimportância da árvore traz folhas distraídas
há uma desimportância no âmago das coisas
a desimportância  comeu seu almoço mais cedo
o risco é por a cara a tapa para destrambelhar
o mundo já tão importante de mazelas
Artista que pedala estrelas nos píncaros desvelados
de muros onde cães latem e mordem
a desimportância do ser sobre as grades que se abateram sobre
nossas almas pedintes de sucesso
a desimportância do blues jazz e rock que é a escrita
que assalta dos seus olhos fagulhantes  vermelho
para escancarar pó nos olhos além
ferro & brasa para quem tem.


22 de outubro de 2013

Faísca



faísca verso
alinha o imprevisto
na esquina do absurdo
aniquile as estrelas com um beijo de anil
faça o rodar das rotações girarem mais rápido
três versos pintados no angular do crivo do insondável
confessam o desenrolar da vida

faísca o sol pois o sol é motivo da nossa
jornada
verso em movimento
lapidado no tropel dos tempos.

Cássio Amaral.
22/10/2013.

19 de outubro de 2013

ADMIRÁVEL MUNDO NOVO

Alfas, Betas, Gamas e Ipsilones
Navegam no mundo
Huxley profetiza
O futuro hoje
Poeta limites ao céu
Pedreiro limites na Pedra
O gene é a condição do ser humano
A história é vergonha no imperfeito
Perfeito
Falta oxigênio no cérebro das pessoas
Para entender isso.


14 de outubro de 2013

matei
o grilo sem grilo
e fiquei grilado


11 de outubro de 2013

HAIKAIS POEMAS & SOL



Contrários dos contrários 
Catacrese se desmancha 
ao ver  Metonímia 
rindo do Pleonasmo 
KKK
Ó Ó Ó 
Fagulha Romance 
Na Prosa desse
Grito folha vento 
canção
Tarde pingo de vida 
no jogo da estrada 
Surpresas  e perguntas
pedem 
apenas passagem 



*

self 
é o Freud 
que faz Smell

*
possível 
é o poema 
impossível

*
 no risco traço 
poema 
crio desfaço

HOKKUS AT WORK

I
OLHO OLHA
FURO FURO
DESBOBRA

II
ponto de exclamação
é música
nota de vida canção.

III
alinha do tempo
alinha
momento

curva do vento
atiça saudade
quebra sentimento

faz sol movimento
nuvens da realidade
firmam sonho descobrimento

IV
desfaz o sol
no dó maior
vida explode surpresa

V
fabrico risco
sol no absurdo
sem issos

VI
falam e gritam
não me convencem
quando me fitam

10 de outubro de 2013


Caligrafia Verdade bem e belo de Meishu-Sama

I
 quem é você nesse espelho
que reflete em mim 
o poema que passou

II
Lugar desafinado
Barulho síntese
Do desamparado.

III
falar é pouco
blues rouco
me deixa solto

IV
Despendido o som
é silêncio
 o OM.

V
catacreses me mordam
a Lua ainda domina 
noite esquina.

VII
vento forte
tarde confunde 
paz e mote. 

VIII 
o que não vem 
só vem dobrado
um I na profusão
de síntese Ó
virando contorno
pleonástico atinge 
o ponto Z palavras 
que o vento 
toca. 

IX 
dá do do ó
no som tó 
depois do só

X
alivio a tarde 
no descarte poema
palavras marevento

XI
amplio o sol
rasuro haikai
céu faísca além 


8 de outubro de 2013

O BAGULHO É DOIDO



Leminski no  Cruz
Ovo da loucura
A paulada é fatal.


SALADA DE LETRAS


Meus versos profanos
São itinerário fragmentário
Faiscados de Protusuário de boteco
Para alinhar o escambau  da caverna das palavras
Diante do sensível desafio de minha LOWCURA
Todos os cachorros são azuis
Quando o cerne é mistério A flor dentro da árvore
Uivemos pois meu doce valium starlight
A br infinita do significado da vida são palavras
No repertório selvagem a voz do coração explode em poesis
Sonetos de amor na pele da partitura do bizarro
Todos los perros son azules para atingir trabalho de parto
Fórceps à beira de um estopim são memórias  da nação:

Poeta.




1 de outubro de 2013


Espaço Sideral
Niemeyer levanta voo
No Planalto Central.


Foto: Robson Corrêa de Araújo.


flores azuis cogumelos 
vomitadas de deuses satíricos
hoje há festa no céu.

Foto: Robson Corrêa de Araújo.