24 de fevereiro de 2014

ESTRELA ALÉM PEITO



Para Jayro Alves Ribeiro




Para Jayro Alves Ribeiro

ziriguidum olé olá
dribles de garrincha no 
espaço tempo vai e vem
profecia de um Zaratustra
Übermensch,
no churrasquino do Marcelo
do PC do B
papo de filósofo que pergunta
o espanto na vida que chega
que vive vida vivida
artesão do livro
editor dos poetas poetas
poetas malditos ou bem ditos
a sinuca e um som que você
liga pra me dizer que é uma oração
um blues
uma música do
Pink Floyd
melodia circulando

amizade.

21 de fevereiro de 2014

FÓRÇADOS POETAS FORÇAM O MILAGRE DO DIA


Heleno Álvares, Flávio Offer e L. Rafael Nolli, lançamento dos livros Elefante  e Fórceps em 
28 de maio de 2013.




Lapidar a palavra risco sobre risco
Faiscar as pedras pedreiras fogo do fogo
Dragão alucinado cuspindo fogo
O sol demente soprando profecias que desconsertam
a sociedade
Lapidar a palavra como uma bomba prestes a explodir
Estilhaços na cara do absurdo
Para dar significado no existir
Oximoros , onomatopeias , pleonasmos, metáforas,
Formas já gastas para ressuscitar o fôlego do verbo
A poesia  para muitos não serve pra nada
Mas é ela que faz o milagre do dia.









20 de fevereiro de 2014




21- O poema saiu para passear cansou dormiu e teve um sonho com Pessoa.
22- haikai do dia é corra no ano do cavalo pois se não correr o cavalo te arrasta.
23- 23 palavras inscritas no muro deixavam admirados os moradores da cidade uma abaixo ampliava ainda mais o assombro: Filosofia.
24- A Filosofia encontrou o poema e casaram-se no mesmo mês, sua filha poesia nasceu num dia ensolarado.
25- Nuvens flutuam no céu do pensamento para faiscarem espanto na arte e assombro no contexto.
26- Um silêncio zen diz haikai na casa da madrugada.
27- Bradam palavras brasis nagô banto yorubá ziriguidum de letras e textos dizem capoeira no tempo poesis.
28- Casal de poetas tem filha de personalidade forte que pinta a alegria de viver.
29- Coluna pede massagem no início da noite que pede música pra relaxar.
30- A música nos leva ao etéreo som da alegria. Jorge Ben Jor saúda a noite.


CONTRA MÃO




São estes caras que passaram pela Bienal de 2008
Para dar a cara à  tapa
Ver o brilho das estrelas
Dedilhando o céu de Brasília
Perseguindo o verbo
Além da explosão de palavras
  balançar a mesmice dos dias

São estes caras que uivaram a lua insana
E fizeram o sol brilhar na noite do encontro
Suas mãos tinham  poesia
Fluídos de luz que transcenderam
 dias meses anos e séculos
Até encontrar o sentindo no infinito:
  A arte

Foto: Cássio Amaral.



PARA O LIVRO DE BIZÉ



me livro
lavo
livro
leve

lavro
o bolso
Põe.

Sonho.
Metalinguagem
Haikais.
Palavra.
Espanto.
Assombro

 Foto Cássio Amaral  em Brasília 8/9/2008.
Livro de Bolso da Bizé.

18 de fevereiro de 2014

CAMINHANTES




Foto: Robson Corrêa de Araújo




Br Infinita

Haikai solto na estrada
Infinita Highway: passagem

15 de fevereiro de 2014

12- doze vezes doze doses de metalinguagem pra abrir o sol.
13- treze haicais são o átimo zen do tempo.
14- a pancada da poesia é certeira no peito.
15- poeta vê a lagoa e deixa o silêncio falar mais alto.
16- frio chega devagar depois do calor que alucinava verão onomatopeias dizem
Frescor.
17- malu sapeca fala fala fala e descobre o que é a vida.
18- concebo o verbo como forma de guerrilha.
19- reflexo do sol bate na parede verde do pensamento.
20- há uma exclamação no verso que nunca fiz ele ainda me ronda em silêncio.



14 de fevereiro de 2014



Foto: Robson Corrêa de Araújo



1- A bic ponta fina destrincha a tarde.
2- Nuvens cinza abordam devaneio distraído.
3-A chuva da madrugada de ontem esondeu a lua insana de versos.
4-O poeta é um desdichado sapato torto e mora entre a lagoa e o mar.
5- Gaivota pede um voo na metalinguagem.
6- Seis prosopopéias deixam o hiato criativo e dão luz ao verbo.
7-Estou procurando uma palavra que me engravide hoje para parir o inominável.
8- Oito vezes oito são infinitos flashes diante da arte.
9- Canto eflúvios que batem na palavra o sentido é raiar do dia.
10- A lua é nossa mãe e nela está o reflexo de Hilda Hilst.
11-Uivemos pois o mar do signo. 

13 de fevereiro de 2014

CRUCIAL

poeta poesia poemas
rasuras arranham a rachadura da alma
palma do ocaso
que explode no tempo
carregado de gritos vozes vorazes
 imprevisto além do mar inefável
sangue do sol rasgando peito
vulcão volátil sigo.


7 de fevereiro de 2014

O BRANCO MOLDA O IKEBANA


O meu reflexo no girassol e na rosa
É explosão de signo
Coagulando o silêncio
Espelho de Dante refletindo Bashô
Haikai  sentindo um movimento de Samurai
Corte afiado da linguagem incorporada a fuga do centro
O ininterrupto fabrica faísca photo que diz passagem
Luas e luas roupas vestidas de semântica para dar ao sonho
Proteção de sentido
Rabiscar no átimo uma parte de nós
Para que arte seja o impacto na boca
Do assombro como um arranjo japonês.